13% dos bebês nascidos no SUS passam por exame auditivo
Teste da orelhinha vai ser obrigatório em hospitais e clínicas do país
SUS realizou cerca de 270 mil
testes da orelhinha em 2009
Nesta terça-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que obriga hospitais e maternidades a fazer a triagem, chamada exame de emissões otoacústicas evocadas, em todos os bebês nascidos nesses locais.
Entretanto, de acordo com o Ministério da Saúde, o assunto ainda precisa de regulamentação para que as regras sejam especificadas. Por isso, ainda não há uma data para que os hospitais se adaptem às novas normas.
O ministério diz que o teste da orelhinha já está na lista de procedimentos do SUS e é “financiado pelo governo federal nos Estados e municípios que tenham condições de realizar o teste”.
– Alguns municípios, inclusive, se anteciparam à legislação nacional e incluíram oficialmente a obrigatoriedade do teste na rede pública por meio de legislações locais.
Além da compra de equipamentos, um dos problemas para a aplicação da lei é o fato de o teste exigir a presença de um otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo e em certas regiões do país há carência desses profissionais.
No exame, é colocada uma pequena sonda no ouvido do bebê. O aparelho emite sons e capta se houve uma resposta da cóclea, a parte do órgão que transforma as vibrações sonoras em impulsos nervosos, que são enviados ao cérebro.
O indicado é que a avaliação seja feita ao menos 48 horas após o nascimento da criança, para evitar que secreções próprias do líquido amniótico (fluido que envolve o feto durante a gestação) interfiram nos resultados. O exame deve ser feito nos primeiros seis meses de vida, para que a criança já comece o tratamento.